sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CRÔNICA DA SAGA NO HEMOCENTRO

Recife, 29-08-2013
Autora: Valéria Saraiva

     Um dia minha mulher chegou em casa e me disse: _ Amanhã vamos ao Hemocentro.
Então eu perguntei: _ Por quê?
          E ela respondeu: _ O pai do amigo de uma amiga minha vai fazer uma cirurgia e precisa de doadores de sangue. Então eu ofereci o seu.
Pasmo com aquela ideia, não tinha nada contra doação. Apesar de nunca ter feito. Mas por que ela prometia e eu é que tinha de doar no fim das contas?
Para não irritar a patroa acabei realmente indo ao Hemocentro. Chegando lá peguei uma ficha e aguardei. Era um ambiente frio e não muito convidativo. Em determinado momento um atendente me chamou e fez uma bateria de perguntas. Depois fui para uma fila onde realizaram uns testes. Os resultados apontaram o que eu mais temia. Que eu estava apto para fazer a doação.
     Em poucos minutos me chamaram para uma sala onde não permitiram acompanhantes. Lá fui atendido por uma enfermeira desprovida de beleza e de juventude, que pediu que eu sentasse em uma poltrona e estendesse o braço. De repente ela apontou pra mim uma agulha que mais parecia um cano. Após puncionar a veia e deixar a bolsa de sangue enchendo a enfermeira saiu dizendo para chamar se precisar. Pensei que iria desmaiar. Achei que tinha tirado todo meu sangue. Depois de terminada a doação ela colocou um curativo no meu braço e me ofereceu um lanchinho antes de sair para não ter tontura.
            E assim acaba minha saga no Hemocentro.