segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Perigo Cristão

Cabo, 09/04/1997


Ó! Mãe, que em tão puro coração tem o sexto sentido.
Ouve, por favor, este pedido.
Salva este teu filho ingrato.
Mãe, que tão mal procedeu em conceber-me
Tanto me amou, mas tanto se arrependera
Por um dia ter-me dado a luz.
Ó! Mamãe, não sou digno de ser filho de uma santa tão bela,
Tal qual a que vi na capela,
Nunca te mereci e agora vejo meu erro.
Mãe, queimaste uma vez tua mão no fogo por mim
Mãezinha, eu te peço não me deixe dormir
Nos fogos eternos do inferno e da dor.
Peço-te de joelhos no meio da multidão
De santos que a rodeiam em teu altar.
Mãe, salva este pobre cristão que no meio dessa aflição veio te procurar.
Afasta os abutres que me rodeiam,
Que devoram minha alma,
Sugam a pouca esperança que tenho,
Me tira desse cortejo de tristeza e de pressão.
Afasta a fome, a miséria, afasta a desolação
E traz um pouquinho de vida para este pobre coração.

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