Cabo, 21/05/1999
Explode o vulcão do ocidente
Sua lava dissolve vilmente
As vértebras do animal.
Escorre das rochas crepitantes
Na síndrome de um gigante
Dilacerando a tribo tupi.
Os abutres voam festejando
O podre destino do índio daqui.
Escravo dos vermes
Na terra que é sua, viu-se consumir.
Dos fúnebres braços da tempestade
Viu respingar as gotas da maldade
A vitória do vulcão.
No silêncio da erupção
Na fumaça que sai do chão
Um vazio na amplidão.
Nenhuma flor para olhar
O jazigo onde está dormindo,
Nenhum olho pra chorar,
Nenhum ente pra lembrar
Esquecido como um mendigo
Somente os abutres a lhe devorar.
Oia eu aqui...
ResponderExcluirNossa... essa foi forte... tadinho do índio rsrsr
ResponderExcluirGostei meu amor! como sempre arrebentando ai! bjs
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